quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Partidos discutem sucessão ao governo de São Paulo com Ciro Gomes


Eleições 2010 - 24/02/2010Lideranças do PSB, PCdoB, PT e PDT reuniram-se nesta quarta-feira (24) com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) para discutir a sucessão ao governo de São Paulo. Os representantes dos diversos partidos apresentaram as projeções e avaliações favoráveis para que o parlamentar entre na corrida pela sucessão ao governo paulista – como a possível união de 11 legendas em apoio. O presidente Municipal do PSB paulistano, Vereador Eliseu Gabriel participou do encontro.

O socialista declarou-se extremamente honrado e comovido com o apoio e a confiança do grupo, porém Ciro reafirmou sua posição como pré-candidato à sucessão do presidente Lula pelo PSB. “Meu objetivo é a Presidência da República, que está posto desde 98, e meu compromisso é como o projeto nacional”, declarou. E reforçou que “o que está em jogo neste momento é o futuro do país. E eu estou angustiado com o futuro do Brasil”.

O deputado não descartou, entretanto, a possibilidade de concorrer ao governo de São Paulo, mas a classificou como remota. “Só os fatos irão dizer como se dará o processo eleitoral. É preciso ter paciência, calma”

O grupo voltará a se reunir dentro de 20 dias, em São Paulo, e terá um terceiro encontro, em Brasília, no dia 4 de abril.
Fonte: Site PSB Nacional

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

PSB atuante na Câmara Municipal

No início dos trabalhos de 2010, a Câmara Municipal definiu suas comissões permanentes para este ano. A bancada do PSB está presente nas principais comissões da casa.

O Presidente Municipal, Vereador Eliseu Gabriel, foi eleito Presidente da Comissão de Administração Pública, uma das mais importantes da Câmara.

Nosso companheiro Gabriel Chalita participa da Comissão de Constituição e Justiça. Além da Vereadora Noemi Nonato, que está na Comissão de Saúde.

As Comissões Permanentes discutem e avaliam todos os Projetos de Lei relacionados à sua área de atuação, a partir dela é que os PL's entram para votação dos vereadores.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"PT deve dizer "não" a PMDB", afirma Singer. "Ganharia mais se desse preferência a uma aliança com o PSB"


O cientista político André Singer, porta-voz o primeiro governo Lula (2003/2006), afirmou ontem, em entrevista à Folha Online, que "o baixo teor pragmático do PMDB é danoso para o sistema partidário brasileiro e que o PT ganharia mais se se aproximasse logo do PSB.

Não é para menos. Afinal, a simples menção ao PMDB no documento petista sobre políticas de alianças provocou intenso debate no congresso do partido, terminado ontem. ao final do qual, o PT resolveu não citar a sigla como principal aliada na campanha deste ano.

Clique aqui e leia a integra da entrevista

Pesquisa mostra França na liderança com 23% das intenções de voto na Baixada


Pesquisa realizada pelo Instituo de Pesquisas A Tribuna (IPAT) / Globo coloca o deputado federal Márcio França (PSB-SP) na liderança das intenções de voto na Baixada Santista, litoral de São Paulo. Com 28,3% das escolhas do eleitorado, França está na frente de Beto Mansur (PP-SP), com 22,2%, e de Telma de Souza (PT-SP), com 9,2%.

A pesquisa foi espontânea e as entrevistas foram realizadas nas cinco maiores cidades da região: Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande e Cubatão. Segundo dados oficiais, essas cidades possuem 1.000.803 eleitores. Realizando uma projeção, Márcio França hoje seria eleito com 283.227 votos, 67.839 mais que sua eleição em 2006. Na época, França obteve 215.388 votos, que o fizeram o deputado federal mais votado do litoral paulista e o segundo mais votado no Brasil dentre os candidatos do PSB.

Segundo o IPAT, o eleitorado de São Vicente puxou França para a dianteira: 74,1% dos entrevistados manifestaram pretensão de votar nele.

"Acredito que esse resultado seja um reconhecimento do trabalho desenvolvido na Câmara Federal, mas o ano está só começando e ainda há muito a se fazer", comenta França.

Foram ouvidos ao todo 3.456 eleitores, de 1 a 5 de fevereiro, em abordagem aleatória, que opinaram inclusive sobre os possíveis candidatos ao Senado e a deputado estadual. Neste ano, cada eleitor deverá escolher dois candidatos a senador, um a deputado federal, um a estadual, governador e presidente -­ ao todo, seis nomes.

Fonte: PSB Nacional

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

PSB propõe discussão presidencial mais ampla e que assegure o desenvolvimento do país



O deputado federal Ciro Gomes (PSB/SP) foi o apresentador do programa partidário do Partido Socialista Brasileiro (PSB) exibido nesta quinta-feira (18), em cadeia nacional no rádio e na televisão. Ao longo de dez minutos, a legenda evidenciou os riscos de uma eleição presidencial polarizada para a manutenção das conquistas obtidas ao longo da gestão do presidente Lula e a necessidade de se investir em áreas como educação e tecnologia, como forma de alavancar o desenvolvimento e tirar o Brasil da condição de exportador de commodities e produtos primários e transformá-lo em exportador de produtos industrializados.

“O desafio agora é olhar para frente e preparar o nosso país para as enormes tarefas que ainda temos de cumprir. O Partido Socialista Brasileiro quer apresentar ideias e propostas que preservem o legado de Lula mas que também ampliem a discussão. Esse clima de ‘FlaFlu partidário’ é ruim para o Brasil e muito arriscado para o projeto que estamos construindo”, afirmou Ciro Gomes, logo na abertura do programa.

A forma de gestão do PSB – que tem nas políticas sociais importantes vetores do desenvolvimento – foi mostrada, na prática. O programa mostrou as conquistas obtidas por governos socialistas em três estados: Pernambuco, com o governador Eduardo Campos; Ceará, com Cid Gomes, e Rio Grande do Norte, com Wilma de Faria.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Não perca: Programa do PSB no rádio e na TV


Dia 18 de feveiro, das 20h30 às 20h40, você tem encontro marcado com o Programa do Partido Socialista Brasileiro na TV aberta. E das 20h00 às 20h10, nas rádios. Acompanhe também as inserções comerciais do Partido na TV no mês de março, nos dias 2, 6, 9 e 13.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Fundação João Mangabeira promove cursos de Formação e Atualização, Política e Formulação e Gestão de Políticas Públicas


Já estão abertas as inscrições para os cursos de Formação e Atualização, Política e Formulação e Gestão de Políticas Públicas, promovidos pela Fundação João Mangabeira (FJM). Com esta iniciativa, a Fundação pretende disseminar o conhecimento e capacitar representantes regionais que serão os responsáveis, em 2011, pelos cursos de formação nos municípios. “Faremos com que os cursos e todo o conhecimento reunido pela FJM alcancem um número ainda maior de pessoas, contribuindo substancialmente para a capacitação dos militantes do socialismo, numa ótica mais ampla”, explicou o diretor geral da Fundação e primeiro secretário Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira. O curso de Formação e Atualização Política da FMJ tem como objetivo dar sólida formação para a atuação política socialista nos movimentos sociais, nas estruturas educacionais, na militância política, no sindicalismo e no Partido. Já o curso de Formulação e Gestão de Políticas Públicas irá aprimorar a formação de pessoas que trabalham na administração pública, sobretudo municipal, e preparar os pré-candidatos a vereadores e prefeitos nas eleições de 2012, para poderem administrar os municípios dentro de uma visão socialista. Os Núcleos Estaduais da FJM devem indicar os representantes dos municípios que, em 2011, poderão desenvolver esses cursos nas suas cidades.Terão prioridade, na seleção, os indicados pelos Núcleos Estaduais. As inscrições estão abertas até o dia 22 de fevereiro no endereço eletrônico: www.tvjoaomangabeira.com.br Os cursos terão início na primeira semana de março com término na segunda quinzena de julho. Confira no site da TV João Mangabeira as normas para a inscrição. Mais informações: adriano.sandri@tvjoaomangabeira.com.br ou pelos telefones: (61) 3365 4099 – 3365 5277 – 3365 5279

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Editorial da Folha de S.Paulo do dia 04/02/2010

Pela pluralidade

É bom para a democracia que Ciro Gomes e Marina Silva se lancem como opções e incomodem petistas e tucanos

PODE-SE GOSTAR ou não de Ciro Gomes. Pode-se considerá-lo um político com muitas ideias e perfil arrojado, alguém com capacidade de formulação e liderança incomuns no cenário público brasileiro. Pode-se também pensar que o deputado federal pelo PSB é figura de perfil autoritário e tendências voluntaristas, personalidade irascível, que se destempera com facilidade -alguém, além do mais, que pulou de sigla em sigla ao longo da sua trajetória política.

Goste-se ou não de Ciro Gomes e do que ele representa politicamente, de uma coisa é difícil discordar: com sua presença, a campanha presidencial tende a ser mais rica em discussões, propostas, confrontos de ideias.

Não se trata aqui de defender uma candidatura, qualquer que fosse, mas o salutar valor da pluralidade. Ciro Gomes reapareceu em público anteontem, depois de um período de férias, reiterando a sua disposição de disputar a Presidência. Disse que pretende se apresentar como "opção" ao eleitor, que não ficaria obrigado a "votar por negação" -o que, segundo ele, aconteceria numa eleição plebiscitária entre José Serra, pelos tucanos, e Dilma Rousseff, pelo PT.

O mesmo argumento vale para Marina Silva, ex-ministra de Lula, senadora pelo PV. Sua postulação à Presidência tem o mérito de incorporar ao debate temas emergentes na agenda global, relacionados à preservação do ambiente e ao chamado desenvolvimento sustentável, que sem ela provavelmente teriam presença mais discreta e lateral na dinâmica da campanha.

Mais do que isso, porém, tanto a participação de Marina como a de Ciro fazem bem ao processo eleitoral porque desafiam a lógica plebiscitária. Tal lógica interessa a PT e PSDB, embora os argumentos de cada um possam variar. Para o eleitor, no entanto, a escolha de tipo plebiscitário só faz sentido no segundo turno. Antes disso, parece ser apenas uma limitação artificial e precoce do processo democrático.

Ninguém desconhece o fato histórico de que PSDB e PT disputam a hegemonia política do país já há quatro eleições consecutivas. Os partidos se constituíram a partir do Plano Real e da eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, como polos do poder, no que foi batizado de "concertação brasileira" -uma alusão livre ao arranjo institucional da política chilena.

Ninguém ignora tampouco a grande probabilidade de essa polarização (em parte, diga-se, forjada por antigos interesses da política paulista) repetir-se no pleito deste ano, conforme já sugerem as pesquisas eleitorais. E essa é mais uma razão para que se veja com bons olhos a ampliação do debate no primeiro turno

Ciro Gomes disse anteontem que a aliança entre PT e PMDB parece um "roçado de escândalos". Não faz muito, havia dito de José Serra que era "mais feio por dentro do que por fora". Pode-se discordar de uma ou outra coisa. Pode-se discordar inclusive desse estilo. Mas é saudável para a democracia que Ciro e Marina existam como opções e possam incomodar petistas e tucanos.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ciro 1

''Santo Lula nesse assunto está errado''

Para ele, moral da aliança PT-PMDB 'é um roçado de escândalos já semeados' e pode deixar governistas 'com a brocha na mão'


JUSTIFICATIVA - "Pretendo ser candidato à Presidência para explorar ao máximo a complexidade e a riqueza do sistema de dois turnos"

Entrevista

Ciro Gomes: pré-candidato do PSB à Presidência

Depois de um périplo de um mês por Berlim e Paris, onde passou férias, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) voltou à ribalta decidido, aparentemente, a manter sua candidatura à Presidência. Sem fumar há três meses e com um tom variando entre o irônico e o irritado, Ciro disse que "o santo Lula está errado" ao defender que ele desista de disputar o Planalto em favor da ministra Dilma Rousseff.

Derrotado duas vezes na corrida presidencial (1998 e 2002), Ciro garantiu que só deixará de ser candidato ao Planalto se seu partido assim quiser. Disse que não será candidato ao governo de São Paulo e considerou "golpistas" as articulações do ex-ministro José Dirceu na promoção de alianças estaduais. Ex-ministro de Lula, Ciro qualificou como "frouxa" a coalizão PMDB-PT em torno da candidatura Dilma.


O senhor desistiu de ser candidato à Presidência da República?

Mantenho minha candidatura. Pretendo ser candidato à Presidência para explorar ao máximo a complexidade e a riqueza do sistema de dois turnos. Minha intenção é ser candidato para valorizar e proteger o cidadão brasileiro do malefício que é a volta ao passado. Só eu posso sinalizar para o futuro. Vou conservar o rumo extraordinário que o Lula iniciou no País. Só eu posso fazer a justa transição com a necessária e indispensável dose de renovação no País.


Por que só o senhor?

Pela minha circunstância política. Sou aliado do Lula nas horas críticas. Sou aliado dele desde 1989, fui em 2002 e depois participei do governo dele.


Então por que o presidente Lula escolheu a Dilma Rousseff como sua candidata à Presidência da República e não o senhor?

Não sou do PT. É naturalíssimo que ele opte por um candidato do partido dele.


O presidente Lula já manifestou a aliados que prefere que o senhor desista da candidatura à Presidência.

Não converso com o presidente Lula pelos jornais. Não recebo recados. Há uma divergência de opinião. Lula respeita a minha candidatura. Mas sem obsessão, ele acha que a melhor tática seria reunir as nossas forças em um embate plebiscitário.


O presidente Lula já pediu diretamente para o senhor ser candidato ao governo de São Paulo?

Não trato o Lula como um mito. Trato como líder político. O Lula me fez um apelo para transferir o título para São Paulo. Alegou que isso ajudaria a arrumar o quadro lá. Não sou candidato ao governo de São Paulo e falei isso para o Lula. Mantenho a minha candidatura à Presidência da República.


A sua candidatura não tem o apoio de nenhum partido, enquanto o PT e o PMDB têm praticamente fechada uma aliança em torno do nome de Dilma Rousseff.

Não estou de acordo com o resultado da colisão PT-PMDB. A moral dessa aliança é frouxa, é um roçado de escândalos já semeados. Amanhã, pode nos deixar com a brocha na mão.


Há um consenso de que sua desistência em disputar a Presidência beneficiaria a candidatura de Dilma Rousseff

O PSDB e o PT querem que eu retire a minha candidatura. Algum dos dois está errado. A única pessoa que está certa de querer tirar a minha candidatura é o Serra. Significa que o santo Lula nesse assunto está errado.


Sua candidatura perdeu fôlego na última pesquisa de intenção de voto.

Nunca tive tanta força como tenho agora. Estamos mais bem situados nos Estados do que o PT. É só dar uma olhada. Agora eu estou no céu. Tenho três governadores aliados, tenho base no Brasil inteiro. Problema de aliança quem tem é o PT. O PSB só tem problemas em Sergipe e no Rio Grande do Norte. O PT está pedindo que eu seja candidato ao governo de São Paulo. Quem está forte mesmo?


O ex-ministro José Dirceu tem conversado com os aliados para fechar alianças do PT nos Estados.

Pode escrever aí: Ciro Gomes não concorda com a articulação do Zé Dirceu, do PT. Isso é coisa golpista.


Por que golpista?

Não vou explicar isso... Quando Lula foi acusado de tráfico de influência, o Zé Dirceu era presidente do PT e abriu inquérito contra Lula na comissão de ética do partido para apurar as relações dele com o compadre Roberto Teixeira. Ele quis acabar com o Lula lá atrás. O Zé Dirceu estava decidido a destruir o Lula, era um trabalho para liquidar o Lula.

Como o senhor vai viabilizar sua candidatura à Presidência apenas com o seu partido, o PSB?

Eu vou tentar trazer os outros partidos para a minha candidatura.


E se o PSB não quiser que o senhor seja candidato à Presidência da República?

Se não quiser, estou feliz da vida. Fim de papo. Paro um pouco. Não vou ser candidato a deputado, não tenho pretensão de ser governador de São Paulo. Para mim, a política não é um meio de vida.


Fonte: O Estado de S.Paulo (03/02)

Ciro 2

Ciro contraria Planalto e diz que mantém candidatura à Presidência

Deputado do PSB afirma que não disputará governo paulista e volta a bombardear aliança entre PT e PMDB


Disposto a driblar as pressões do governo, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) rompeu ontem o silêncio e avisou que manterá sua candidatura ao Palácio do Planalto, contrariando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prega a união da base aliada no palanque da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Um dia após a divulgação da pesquisa do Instituto Sensus pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), Ciro afiou o discurso e bombardeou a aliança entre o PT e o PMDB, embora Lula insista na ideia de uma campanha plebiscitária contra o PSDB do governador de São Paulo, José Serra.

Para o deputado, o presidente comete "grave erro" quando avalia que sua desistência beneficiaria Dilma, pré-candidata do PT. "Mantenho a minha candidatura à Presidência da República", afirmou Ciro ao Estado, no retorno das férias parlamentares. Ex-ministro da Integração Nacional, ele garantiu que, apesar de ter transferido o domicílio eleitoral para São Paulo, a pedido de Lula, não concorrerá ao governo paulista.

Dilma e Ciro quase se encontraram ontem, antes do almoço, na cerimônia que marcou a reabertura dos trabalhos legislativos, na Câmara. O deputado, porém, chegou atrasado e nem viu a chefe da Casa Civil deixar o Salão Verde. Pela pesquisa CNT/Sensus, a presença de Ciro no páreo garante a realização do segundo turno e impede a vitória de Serra, postulante do PSDB, na primeira rodada. Mesmo assim, o governo avalia que esse cenário não se sustenta quando começar a campanha de fato.

Com Ciro na disputa, Dilma chega bem perto de Serra, segundo o levantamento realizado entre os dias 25 e 29 de janeiro. Ela tem 27,8% das intenções de voto e Serra, 33,2%. Ciro fica em terceiro lugar, com 11,9%, e a senadora Marina Silva (PV) em quarto, com 6,8%.

"Na vida a gente não sobe em salto alto", esquivou-se Dilma, ontem, quando questionada sobre seu crescimento na preferência do eleitorado. Cautelosa, a ministra saiu da Câmara cumprimentando deputados, senadores e funcionários do café, mas se recusou a dar entrevistas.

"Vocês me desculpem, mas hoje eu não vou falar", disse ela aos repórteres, caminhando com passos firmes na direção do elevador. Ao seu lado, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha - articulador político do Planalto -, aproveitava para dar tapinhas nas costas de parlamentares. "Estou fazendo um cadastramento dos descontentes com o governo", brincou.

Pouco antes, o vice-presidente José Alencar roubou a cena. Apesar de emocionar a plateia ao falar sobre sua luta contra o câncer no abdome, ele acabou provocando uma saia-justa política quando disse que "vice não tem voto".

Sentado ao lado do presidente da Câmara, Michel Temer (SP) - nome que o PMDB quer emplacar como vice na chapa de Dilma, apesar da resistência no governo e nas fileiras do PT -, Alencar agradeceu a Lula por ocupar o Planalto."Sou vice graças ao presidente. Ninguém vota no vice. Vota no titular", insistiu ele. Temer, que pouco antes o homenageara no discurso como "exemplo de vida e de político", não esboçou reação. Ficou impassível.

Aplaudido de pé, Alencar deu socos no ar. Lembrou ter abdicado de quatro anos de mandato como senador pelo então PL para ser vice de Lula. Sorridente, afirmou ter consciência de que o apreço recebido hoje é fruto da solidariedade dos que acompanham suas idas e vindas ao hospital. Ele já passou por 15 cirurgias.

"Não tenho a ilusão de que isso se revele em votos na próxima eleição", comentou, arrancando risos. "Se eu tivesse esse pensamento, confesso que estaria preparado para receber 100% dos votos." Hoje no PRB, Alencar tem dito que, se ficar curado, concorrerá ao Senado. "Se Deus quiser me levar agora, não precisa de câncer para isso. Se não quiser que eu vá, não há câncer que me leve. E tudo indica que ele não quer me levar agora", encerrou. Foi ovacionado.


Fonte: O Estado de S.Paulo

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Presidente do PSB afirma que Sensus confirma desejo de continuidade dos brasileiros



Para o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, a pesquisa CNT/Sensus, que aponta a ministra Dilma Rousssef em empate técnico com José Serra (PSDB), é mais uma a demonstrar que a população brasileira deseja a continuidade do projeto de mudanças conduzido pelo presidente Lula.

“A aprovação do Presidente continua crescendo e o espaço da oposição ficando cada vez menor, estando agora circunscrito a mais ou menos um terço do eleitorado”, comentou o presidente do PSB, que também é governador de Pernambuco.

Eduardo Campos considera as pesquisas informativas do momento, mas mantém a visão de que é preciso esperar um pouco mais para fazer definições. “Até março, as pesquisas vão continuar aparecendo e mostrando a força do nosso campo. Então tomaremos a decisão que nos ajude a garantir a vitória da base de apoio ao presidente”, disse.

A respeito da avaliação do pré-candidato do seu partido, Ciro Gomes, Eduardo Campos lembrou que ele passou cerca de 60 dias fora da mídia, e que isso impactou. Ressalvou, entretanto, que o deputado “mantém um núcleo duro de apoio muito expressivo”.

“ As pesquisas mostram que está correta a tática utilizada até agora por nosso campo, de manter duas candidaturas para a sucessão do presidencial. Mas temos tempo e vamos usá-lo de forma inteligente para garantir a vitória”, disse Eduardo Campos.

Confira abaixo o resultado da 100ª Pesquisa CNT/Sensus

A 100ª Pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje (1º de fevereiro de 2009), em Brasília, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), registra que o Índice Avaliação situa-se em 54,86 e o Índice Expectativa, em 74,10.
Em novembro de 2009, o Índice Avaliação situava-se em 49,83 e o Índice Expectativa, em 74,33.

O Índice Avaliação é formado pela ponderação das variáveis emprego, renda, saúde, educação e segurança pública para os últimos 6 meses, e o Índice Expectativa é formado pela ponderação das variáveis emprego, renda, saúde, educação e segurança pública para os próximos 6 meses.


AVALIAÇÃO DO GOVERNO
A avaliação positiva do Governo Luiz Inácio Lula da Silva situa-se em 71,4% e a negativa, em 5,8%. Em novembro de 2009, a positiva situava-se em 70,0% e a negativa, em 6,2%.
A aprovação do desempenho pessoal de Lula situa-se em 81,7% e a desaprovação em 13,9%. Em novembro de 2009, a aprovação do desempenho pessoal de Lula situava-se em 78,9% e a desaprovação, em 14,6%.


ELEIÇÕES 2010 – 1º TURNO
A Pesquisa CNT Sensus quis saber em quem o eleitor brasileiro votaria (em votação espontânea) para Presidente da República em 2010: Lula, 18,7%; Dilma Rousseff, 9,5%; José Serra, 9,3%; Aécio Neves, 2,1%; Marina Silva, 1,6%; Ciro Gomes, 1,2%; outros, 1,9%; branco e nulo, 2,6%.
Propusemos, também, duas listas (pesquisa estimulada), cujos resultados foram os seguintes:
Primeira lista: José Serra, 33,2%; Dilma Rousseff, 27,8%; Ciro Gomes, 11,9%; Marina Silva, 6,8%; sem candidato, 20,4%. Em novembro de 2009, os índices eram, respectivamente, 31,8%, 21,7%, 17,5%, 5,9% e 23,2%
Segunda lista: José Serra, 40,7%; Dilma Rousseff, 28,5%; Marina Silva, 9,5%; sem candidato, 21,4%. Os números em novembro de 2009 eram, respectivamente, 40,5%, 23,5%, 8,1% e 28,0%.

ELEIÇÕES 2010 – 2º TURNO
A Pesquisa CNT Sensus fez simulação, também, para um eventual segundo turno para a Presidência da República:
Primeira opção: José Serra, 44,0%; Dilma Rousseff; 37,1%; sem candidato, 19,0%. Em novembro de 2009 os números eram: 46,8%, 28,2% e 25,1%, respectivamente.
Segunda opção: José Serra, 47,6%; Ciro Gomes, 26,7%; sem candidato, 25,8%. Os números em novembro de 2009 eram: 44,1%, 27,2% e 28,7%, respectivamente.
Terceira opção: Dilma Rousseff, 43,3%; Ciro Gomes, 31,0%; sem candidato, 25,8%. Os números em novembro de 2009 eram: 31,5%, 35,1% e 33,5%, respectivamente


LIMITE DE VOTO
A Pesquisa CNT Sensus mediu, ainda, o limite de voto dos potenciais candidatos à Presidência da República:
Para 17,9%, Dilma Rousseff é a única candidata em quem votariam; já para 38,5%, Dilma é uma candidata em quem poderiam votar; 28,4% disseram que não votariam de jeito nenhum e 9,4% não conhecem/não sabem quem é.
Para 15,4% dos entrevistados, José Serra é o único candidato em quem votariam; para 45,4%, um candidato em quem poderiam votar; 29,7% não votariam de jeito nenhum e 4,1% não conhecem/não sabem quem é.
Para 8,2%, Ciro Gomes é o único candidato em quem votariam; para 47,3%, um candidato em quem poderiam votar; 30,3% disseram que não votariam de jeito nenhum e 7,8% não conhecem/não sabem quem é.
Para 6,9%, Marina Silva é a única candidata em quem votariam; para 23,4%, uma candidata em quem poderiam votar; 36,6% não votariam de jeito nenhum e 27,2% não conhecem/não sabem quem é.


NÍVEL DE INFORMAÇÃO
A Pesquisa CNT/Sensus quis saber como o brasileiro vê o seu próprio nível de informação: 55,6% se consideram mais ou menos informados; 24,7% pouco informado e 19,2% muito informado. Em março de 1998, os índices eram, respectivamente, 56,0%, 30,0% e 13,0%.


SATISFAÇÃO COM O PAÍS
48,0% dos entrevistados disseram que o seu nível de satisfação com o país, nos últimos seis meses, está aumentando; para 37,4%, continua igual e para 13,9%, está diminuindo. Em março de 1998, esses índices eram, respectivamente, 15,0%, 47,0% e 36,0%.


ORGULHO DE SER BRASILEIRO
O orgulho por ser brasileiro tem aumentado, nos último seis meses, para 52,8% dos entrevistados; para 38,5%, continua igual e para 7,8%, tem diminuído. Em setembro de 1998, os índices eram 26,0%, 59,0% e 12,0%, respectivamente.

ANO ELEITORAL
42,1% dos entrevistados pela Pesquisa CNT/Sensus disseram ter um interesse médio pelas eleições presidenciais deste ano; 31,3% disseram não ter interesse algum e 25,5%, que têm muito interesse. Em março de 2002, esses índices eram, respectivamente, 35,9%, 45,5% e 17,9%.


ESCOLHA DO PRESIDENTE
A Pesquisa CNT Sensus quis saber o que o eleitor leva mais em conta na hora de votar para presidente da República: 55,5% disseram que a própria opinião; 14,2%, a opinião de amigos e parentes; 13,8%, o que veem na televisão; 6,3%, a propaganda eleitoral gratuita; 3,9%, o que sai nos jornais; 2,5%, o que ouvem no rádio e 2,2%, a opinião do seu líder religioso.


AVALIAÇÕES SETORIAIS
Foi pedido ao entrevistado que avaliasse, por meio de notas (de zero a dez), cinco setores de atuação do governo federal, com o seguinte resultado (média): escola pública, 6,5; transporte, 5,8; rede pública de saúde, 5,1; estradas, 5,1 e segurança pública, 4,9.


CONFIANÇA NAS INSTITUIÇÕES
Quisemos saber ainda qual é o grau de confiança do brasileiro nas instituições: 69,8% disserem confiar sempre ou na maior parte das vezes nas Forças Armadas; 49,8%, na imprensa; 40,1%, no governo; 37,8%, na Justiça; 37,5, na Polícia; 36,0%, no Serviço Público; e no Congresso Nacional, 9,3%.


PENA DE MORTE
55,2% dos entrevistados disseram se contra a pena de morte e 41,2%, a favor.


LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
73,5% são contra a legalização do aborto e 22,7%, a favor.


CIGARRO E BEBIDA ALCOOLICA
74,1% são contrários ao uso do cigarro ou de qualquer outro tipo de fumo e 67,4%, ao uso de bebidas alcoólicas.


PROBLEMAS DO PAÍS
A violência e a criminalidade são o que mais incomodam 22,9% dos brasileiros, seguidos das drogas (21,2%), do desemprego (19,0%), da falta de oportunidades de trabalho (8,0%) e do sistema de saúde (6,7%).


ECONOMIA/TRABALHO
48,9% dos entrevistados pela Pesquisa CNT Sensus já pensaram em trabalhar por conta própria e 27,9% já trabalham dessa maneira.
Dos que trabalham, 52,2% estão satisfeitos.
Uma boa formação profissional é, para 50,0%, o mais importante para se conseguir um emprego; para 26,9%, o mais importante é ter estudo.

IMPOSTOS E SERVIÇOS
Os impostos, no Brasil são altos, para 86,8% e os serviços públicos prestados, se comparados com a carga tributária brasileira, para 81,3%, são ruins/regulares.


VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
Para 40,6% dos entrevistados, a cidade onde moram é pouco ou nada violenta; enquanto 33,0% a consideram violenta.


CORRUPÇÃO
69,4% entendem que a corrupção está aumentando no Brasil; para 21,8%, a corrupção continua como sempre esteve. Em setembro de 1998, esses índices eram, respectivamente, 56,0% e 32,0%.


UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS
68,5% dos entrevistados são favoráveis à unificação das polícias militar e civil.


LAZER
Assistir TV é para 27,5% a principal fonte de lazer; para 12,2%, é viajar; para 7,9%, jogar futebol; para 7,1%, ouvir música; para 6,9%, ir à praia, e para 6,4%, dançar.


ASSOCIATIVISMO
A Pesquisa CNT Sensus quis saber se o brasileiro é ligado a algum tipo de associação (sindicato, partido político, ONG etc.): 82,5% responderam que não.


INTERNET
24,2% dos entrevistados têm computador e fazem uso da internet em casa e 14,3% em casa e no trabalho.
28,6% responderam, também, que pretendem adquirir um computador nos próximos 12 meses.


CONCLUSÃO
Com relação às intenções de voto para as eleições presidenciais, a ministra Dilma Roussef apresenta crescimento em todos os cenários, aparecendo em primeiro lugar pela primeira vez na pesquisa espontânea.
Na primeira lista estimulada para o primeiro turno a pré-candidata do PT cresce 6,1% em relação à pesquisa de novembro de 2009; e 5% na segunda lista.
Os resultados demonstram que o nome de Dilma Roussef vem crescendo na disputa e consolida-se como candidata competitiva.
A popularidade do presidente Lula e seu governo continua em alta, o que pode ser explicado, mais uma vez, como conseqüência dos bons números da economia, os resultados positivos das políticas sociais do governo e o alto índice de emprego.

*Com informações do Portal CNT

Fonte: Portal do PSB Nacional (02/02)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

CNT/Sensus dá empate técnico entre Serra e Dilma, mas só quando Ciro Gomes continua como candidato

Direto do Blog do Fernando Rodrigues

. cenário é de 33,2% para tucano e 27,8% para petista
· se Ciro Gomes sai, Serra vai a 40,7% e Dilma fica com 28,5%
· margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais

A mais recente pesquisa do instituto Sensus, bancada pela Confederação Nacional do Transporte, traz uma notícia muito boa e outra ruim para o PT. A boa é que a petista Dilma Rousseff está empatada tecnicamente com o tucano José Serra em primeiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto quando se considera a margem de erro da pesquisa. A notícia ruim é que esse cenário só existe quando Ciro Gomes (PSB) está no páreo.

Como Serra tem 33,2%, pode variar de 30,2% a 36,2% (a margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos). E Dilma, de acordo com a margem de erro da Sensus, pode variar de 24,8% a 30,8%. Ou seja, se Serra estiver próximo de seu limite mínimo e Dilma próxima de seu limite máximo, ambos estariam hoje juntos.

A julgar pelo cenário atual, a polarização apenas entre PSDB e PT, tão desejada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda depende da presença de Ciro Gomes na lista de candidatos. Até porque, se Ciro sai e se a eleição fosse hoje, José Serra iria a 40,7% e praticamente levaria no primeiro turno –pois a soma de Dilma e de Marina Silva (PV) daria 38%. Como a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, não se pode afirmar que o tucano ganha no primeiro turno com 100% de certeza.

É necessário sempre ressalvar, entretanto, que a eleição é só em 3 de outubro e há uma candidata claramente em linha ascendente (Dilma) e outro (Serra) que às vezes cai e às vezes se mantém estável na faixa acima dos 30% (e batendo em 40% quando Ciro está fora).

No caso de Marina Silva, a situação não é das melhores. Ela varia de 6,8% a 9,5%. Nesta semana, terá seus 10 minutos na TV (no programa partidário do PV). É a esperança que tem para atingir um público mais amplo.

Já Ciro Gomes também tem, a exemplo do PT, duas notícias, uma boa outra ruim. A boa é que o PT depende de Ciro, pelo menos por enquanto, para levar a disputa com folga para o segundo turno. A notícia ruim é que o deputado federal pelo PSB do Ceará está com apenas 11,9%, bem atrás dos 27,8% de Dilma.

A seguir, os números da pesquisa Sensus divulgada hoje (1.fev.2010):

Cenário com Ciro:
José Serra - 33,2%
Dilma Rousseff - 27,8%
Ciro Gomes - 11,9%
Marina Silva - 6,8%
Nenhum/Branco/Nulo - 10,5%
NS/NR - 9,9%

Cenário sem Ciro
José Serra - 40,7%
Dilma Rousseff - 28,5%
Marina Silva- 9,5%
Nenhum/branco/ Nulo - 11,4%
NS/NR - 10%

Metodologia
2.000 entrevistas
Margem de erro: 3 pontos percentuais
Data da coleta de dados: de 25 a 29 de janeiro de 2010